Enfrentamento De Desastres Ambientais É Debatido Pelo Sindarq/PR

03/06/2024 | Local, Nacional

O Sindicato de Arquitetas e Arquitetos Urbanistas do Estado do Paraná (Sindarq/PR) realizou nesta terça-feira (28/5) webinário de tema “Estratégias da Categoria para Enfrentamento de Desastres Ambientais”. O público, que contou com profissionais de arquitetura e urbanismo e convidados que atuaram em reconstruções pós-desastres, além de estudantes universitárias(os), buscou um debate realista sobre a situação acontecida no Rio Grande do Sul na definição e elaboração de estratégias para lidar com o avanço das mudanças climáticas e das catástrofes ambientais. Os valores arrecadados com as inscrições foram dados para o estado gaúcho.

O debate contou com a participação da presidente da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), Andréa dos Santos, do arquiteto e professor mexicano do Instituto Tecnológico y de Estudos Superiores de Occidente, Carlos Estrada, Laline Cenci, arquiteta urbanista e doutora pela Universidad del Bio-Bio, que participou da reconstrução do Chile após o terremoto no país em 2010, e da diretora do Sindicato paranaense e professora da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), Andreia Moassab, que mediou o evento. 

Para Iara Beatriz, diretora-geral do Sindarq-PR, o debate “procura contribuir com críticas e reflexões das e dos profissionais da nossa área, a respeito do que está ocorrendo no Rio Grande do Sul. Precisamos nos atentar para nossa atuação técnica nestes contextos, e discutir: é desastre ou crime ambiental quando há omissão do poder público e negacionismo sobre as questões ecológicas no desenvolvimento territorial dos municípios?”.

Ao considerar que não existe momento perfeito para fazermos estas discussões e o quanto é importante a mobilização profissional, Iara reflete que “há interação do projeto político que vivemos no país que desmonta a luta sindical e também atropela as questões ambientais no campo e na cidade”. 

A diretora também apontou a questão de gênero na participação do webinário: “Neste encontro, mais da metade presente eram mulheres. E isso reflete o quanto realizamos um papel fundamental historicamente, que as ecofeministas apontam, quanto aos planejamentos e mobilizações de cuidado da natureza e das pessoas protagonizados por mulheres. Então fica o reconhecimento para minhas companheiras e o chamado para os companheiros empreitarem a centralidade da vida nestas lutas conosco”.

“A crise climática que está acontecendo no mundo é um alerta da própria interface política e capitalista que vem desmanchando os sindicatos e organizações trabalhistas, vindo das atitudes negacionistas e opressoras tomadas pelos governos. Então vemos mais este aspecto para que o sindicato se posicione, haja vista nossa luta pela ATHIS. Esta que, junto a outros profissionais, precisamos pensar o planejamento e a construção dos territórios, no campo e na cidade, como fundamentais para mudarmos a situação que vivemos”, comenta.

Já para Andréa, que relatou aos participantes a situação no Rio Grande do Sul, afirmou que “falar em desastres ambientais é reforçar a urgência que nós, profissionais de arquitetura e urbanismo, temos em desenvolver soluções resilientes para as cidades.”

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